sábado, 28 de julho de 2007

O SER E A COGITAÇÃO DO NUMINOSO

Enquanto a filosofia atende a questão do Ser enquanto ser, e investiga o caráter de tudo o que é, na medida da sua existência, a ontologia busca investigar o que é o ser em si.


O relacionamento entre o Ser e Deus, é tão importante que a questão da razão e revelação torna-se secundário. Na medida em que o Ser descobre a sua limitação e finitude, ele se move da questão epistemológica, para a questão ontológica, e nesta introspecção, sofre de um “choque metafísico” o não ser.


O Ser em si, não pode transcender para além de si mesmo, sem que não se defronte com a questão estrutural ontológica básica no terceiro pólo, onde reside o poder de ser para existir e, conseqüentemente a diferença entre o existencial e essencial, pois a liberdade não é à base da existência, porém, somada a finitude o Ser é em si enquanto existe, pois a finitude da liberdade forma o ponto de passagem do ser a esfera existencial, visto que o “Ser em si é a essência a partir da existência” (Sartre).


A finitude do ser conduz o Ser a Deus, por isso o homem é capaz ele mesmo de responder a questão ontológica, pois Deus se revela. A revelação é inerente a natureza de Deus, enquanto a razão pertence ao Ser, participa no Ser e a ele está subordinada.


Portanto, ao revelar-se Deus faz-se conhecido na medida da limitação do Ser. E ao conhecer o Ser se transforma e se completa. Através da razão, o ser entende, absorve e esclarece a revelação.



O ser em si não é, fora de DEUS.

Isaias R. Pereira

O Servo.



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